terça-feira, 27 de novembro de 2012

Retalhos chiques


Patchwork ou colcha de retalhos? A difereça? Um é chique e o outro não


Como dizia um sábio do forró:

"Se farinha fosse americana e mandioca importada, 

Banquete de bacana era farinhada!"

Dia desses estive pensando em como minha mãe é antenada e chique.
Qual a palavra da moda no momento? Sustentabilidade! Reciclagem, e reaproveitamento são a ordem da vez.

Pois bem, minha mãe nunca gostou de jogar as coisas fora... uns chamavam de "apego", outros achavam que ela gostava de lixo, muitos criticavam seus copos de requeijão cremoso na cozinha... o fato é que a chique da minha mãe sempre pensou que não precisava comprar um jogo de copos se já tinha aqueles à disposição, ou comprar vasilhames de plástico se aqueles de sorvete e manteiga serviam perfeitamente para o mesmo propósito.
Contudo,ela era pobre e naquela época isso não era moda, então, ela era incomprendida coitada... 
Mas ela estava tão à frente de seu tempo. Se todos os "ricos" críticos daquela época fizessem o mesmo, hoje talvez as sacolinhas de mercado não fossem tão marginalizadas. 

Falando um pouco mais sobre sacolinhas, na minha casa elas sempre foram bem aproveitadas para colocar o lixo, mas os fabricantes de sacos de lixo estavam lucrando pouco e a mídia logo achou de convencer-nos de que as sacolas de mercado poluem, mas os sacos pretos não porque estes são comprados porque são mais adequados para tal.

Agora voltando à moda, já perceberam como algo para ser chique, além de ser elogiado por alguma artista, só precisa receber um nome estrageiro?
Quem não se lembra das colchas de retalho que nossas avós faziam e usavam? Aposto como ninguém gostava delas até conhecerem o nome patchwork. Aí as colchas subiram de status, e de preço. Agora todos querem, acham lindo e pagam horrores por uma simples colcha de retalhos metida a besta (eu adooooro, mas me recuso a comprar uma numa loja chique e pagar um absurdo por algo que minha vó sabia fazer tão bem e não era tão bem remunerada!)

Minha mãe também adorava repintar as coisas ou encapá-las com papel ou tecido... mas isso na época não se chamava decoupàge, nem pátina ou coisa que o valha, então é lógico que não era tão bom quanto o que as artesãs fazem hoje e que cobram caríssimo.

Esses dois nomes são reconhecidos e especificam técnicas de artesanato, então não quero desmerecê-los, mas o princípio é o mesmo que minha mãe sempre adotou: reutilizar e reformar.

Entenderam agora porque não gosto dos rótulos? Porque critico os modismos burros? Porque acho importante evitar os estrageirismos? 

Minha mãe é mais esperta que qualquer um desta nossa geração, pois não precisou de tudo isso para fazer o que era certo, o que era lógico, o que era SUSTENTÁVEL.

Parabéns mamãe, a senhora é CHIQUE!


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Compreensão... o dom e a maldição




"Com açúcar, com afeto, fiz seu doce predileto
Pra você parar em casa, qual o quê! (dedicação, ilusão)
Com seu terno mais bonito, você sai, não acredito
Quando diz que não se atrasa [...]    (mentira, desconfiança, desilusão)
Quando a noite enfim lhe cansa, você vem feito criança
Pra chorar o meu perdão, qual o quê! (montanha russa emocional, brincadeira de vai e vem)
Diz pra eu não ficar sentida, diz que vai mudar de vida (promessas vazias, filme repetido, falta de compromisso)
Pra agradar meu coração
E ao lhe ver assim cansado, maltrapilho e maltratado
Ainda quis me aborrecer? Qual o quê!
Logo vou esquentar seu prato, dou um beijo em seu retrato
E abro os meus braços pra você." (conformismo, cegueira amorosa, perpetuação do erro)

Fim!!

A prova de que o estado de espírito muda toda a interpretação do mundo... eu adoro esta música, mas não hoje.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Variações sobre o mesmo tema: a ceia!

Como prometido, aí vão algumas fotinhas das ceias de natal que preparei nos últimos três anos.

Natal no apê:

Ceia de natal
Ceia do ano passado para oito pessoas, no meu apê. A família está voltando a crescer ;)

Os detalhes fazem toda a diferença, principalmente se você tem uma mesa muuuuito pequena:
Ceia de natal
- Para apoiar as velas redondas em dois níveis utilizei taças emborcadas de tamanhos diferentes.
- Para dispor os talheres e guaranapos, por que não aproveitar as taças de champanhe? dois coelhos com uma cajadada.
- Destaque para o centro de mesa feito com frutas, com uma mini-melancia, a única que cabia na mesa...

Detalhe do cantinho da sobremesa, sem sobremesa...

 Esqueci de tirar foto dela quando estava com um pavê de chocolate, um manjar, um pudim e o mousse de limão trazido pela cunhada.
Ta, sou exagerada quando o quesito é sobresa.


 Natal na roça:

Em 2010, minha mãe estava morando na chácara do meu tio... então preparei a ceia lá mesmo, mas deixar a minha mãe, jamais!

A nora do meu tio preparou o arroz.
Meu tio fez um pernil assado que estava divino!

E eu encarei o restante ne amiga, afinal a idéia foi minha. ho ho ho

Foi uma correria deixar a casa com clima de natal: montar árvore, espalhar enfeites em outros lugares, fazer os pratos e as sobremesas... tudo na metade de um dia! Mas valeu muito a pena... reunimos umas vinte pessoas em torno dessa mesa e o clima de natal invadiu o coração de todos.

Vem dizer que estes detalhes não são importantes?

Natal na garagem, ou, Unindo geladeiras:

No natal de 2009 (a data das fotos estão erradas) meu irmão e minha cunhada  iam celebrar o Natal na casa da irmã dela, e me fizeram o convite. Topei, e claro, levei a minha mãe e a nossa ceia.

A casa era pequena, então montamos a mesa na garagem e unimos os pratos da ceia:

- Tinha meu salpicão, chester, lagarto recheado e manjar branco.
- Tinha a picanha ao forno do do dono da casa. 
- Tinha a torta rosa de chocolate com limão da cunhada.
- Tinha rabanadas da mamãe.

Mesa simples, centro de mesa com frutas, que não podem faltar... e a festa foi linda! ;)

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Simpatia está fora de moda?

Certa vez, publiquei um manifesto numa rede social a cerca do modismo idiota de idolatrar atitudes grotescas e pessoas medíocres que acham que "ser autêntico" e "ter personalidade" significa necessariamente ser antipático, "do-contra", inconsequente (o típico "tô-nem-aí") e não ter respeito algum pela figura do outro.

Isso é inversão de valores, minha gente! É brega, é uma atitude simplesmente medíocre..

Quem me conhece já sabe o quanto isso me incomoda, mas recentemente tenho percebido um crescimento desse modismo que chega a ser ridículo e acho que vale fazer uma corrente contrária.

Já observaram quantos blogs de gente "sincera"  a gente vê por aí? A ignorância disfarçada de sinceridade.
É um bando de gente declarando se sentir incomodado com pessoas simpáticas, felizes, que as tratam bem e gostam de ser agradáveis. Como assim isso pode ser pior que pessoas excessivamente críticas, arrogantes e antipáticas???!!! Pelamor!!

Esse tipo de gente sempre existiu, mas tinham vergonha de declarar sua aversão à felicidade e educação alheia, até porque soa como inveja, e para mim não pode ser outra coisa...  aliás, pode ser falta de amor próprio, falta de vergonha na cara, falta de lote para capinar... ou coisa que o valha.
Mas principalmente,  isso descreve falta de PERSONALIDADE. Sim, porque quem precisa diminuir, desrespeitar ou discordar de tudo que é do outro para se sentir importante, especial e único, para mim não passa de um boçal sem personalidade alguma que necessita de rótulos para se sentir parte de uma "tribo", ou para ser visto como "o cult".

Acho triste! Sem querer generalizar, mas já generalizando: gente assim, que diz  "odiar gente" (principalmente as simpáticas), e que afirma viver muito bem assim, na maioria das vezes vive solitário, comete suicídio ou morre de overdose... porque diabos não vai logo em isolamento no Himalaia ou morar numa ilha deserta?

Bem, deixo o julgamento para quem quiser... apenas me perco ao tentar descobrir quando foi que ser simpático virou sinônimo de mediocridade. Será que até os valores têm que acompanhar modismos de internet?
É possível haver humor no mau-humor, é perfeitamente possível alguém simpático ter dias de mau-humor e antipatia e ter vontade de esganar alguém, mas fazer disso um estilo de vida e levantar essa bandeira como se fosse a única correta me parece ignóbil.
É esse tipo de gente que você quer atrair e conviver? Aquela que vai rir de sua dor e te ajudar a fundar ainda mais quando estiver passando por uma dificuldade? Aquela que não tem amigos, tem "seguidores", que não cria raízes, porque tudo para ela é descartável... Aquela com quem você terá vergonha de admitir alguma fraqueza, porque a resposta para tudo na vida dessas pessoas é sempre "mandar se fuder"? Não se iluda, pois é parte do modismo olhar apenas para o próprio umbigo e odiar críticas construtivas. "Se eu estou bem, você que se foda!"

Não sou doce (já fiu), nem simpática o tempo inteiro, e não sou de levar desaforo para casa. Pelo contrário, não tenho medo de brigar para defender o que acredito ou alguém que gosto... mas pode ter certeza que, para mim, o limite de nossos prazeres e de nossos atos é o respeito pelo próximo, e, com certeza, é isso que eu espero das pessoas que fazem parte do meus relacionamentos.

Na boa, se você é um Seu Lunga da vida, será respeitado por mim da mesma forma e às vezes até poderei achar graça, mas respeito é uma via de mão dupla e o meu jeito de viver não faz de mim menos autêntica que você.
Esse respeito é que definirá se podemos conviver um com o outro, ou não, simples assim.

Pois que se afaste de mim quem se incomoda com meu sorriso, porque ele pode acabar evidenciando a sua falta de amor próprio!!

Sigam-me os bons!

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Sobre a Ceia de Natal, ou ,Confissões de uma aprendiz de cozinheira

Eu aos 7 anos com famíliares e amigos, aguardando a ceia de natal na casa da minha avó paterna.

 
Há certas coisas que não voltam... e outras que permanecem para sempre!

Quando eu era menina, o natal era uma grande festa familiar, quando todos os núcleos familiares, paternos e maternos, se reuniam, geralmente na casa de um dos meus avós, e compartilhávamos a mesma ceia de natal.
A medida que fui crescendo, alguns núcleos se desfizeram e alguns dos avós se foram... assim, a ceia foi diminuindo e cada um passou a celebrar separadamente.
Sinto imensa saudade da época em que entoávamos canções de Natal em torno da mesa, fazíamos uma oração de mãos dadas e ceávamos exatamente à meia noite, acompanhado de vinho e champanhe de pobre sidra. Todos aguardavam ansiosos, e a festa ia até de manhã.

O que ficou em mim foi o significado: reunião familiar para celebrar o nascimento de Cristo e a união. Odeio bebedeira no Natal e não consigo entender quem celebra esta data com churrasco... para mim perde todo o significado.

Desde a separação dos meus pais, há cerca de 15 anos, divido esta data entre os dois. Procuro sempre cear com minha mãe, nem que sejamos só nós duas (depois que casei, meu marido sempre me acompanha), e no dia 25 vou almoçar com meu pai onde ele estiver. Já virou minha tradição particular.

Mas a parte que mais gosto de tudo é preparar a ceia. Seja para quatro ou para trinta pessoas, lá estou eu com a barriga no fogão e mãos na decoração.

Agora a confissão, gosto de cozinhar sozinha viu! Uma ajuda para picar um tempero, ou lavar as frutas e as louças é sempre muito bem vinda, mas acho que toda cozinheira odeia gente metendo o bedelho na sua receita. Tô errada?
No máximo uma "união de geladeiras" quando alguém traz pronto um prato ou sobremesa e ajuda a compor a mesa.

O resto é se jogar na decoração e partir pro abraço \o/

Como este post já tá muito gigante, deixo para falar dos diferentes tipos de ceia e dicas de decoração de mesa uma outra hora ok.
Acompanhe, pois esse tema reeeeende...



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A protagonista: minha árvore de lembranças




 Era para ser uma foto da minha árvore de natal do ano passado, mas tudo que encontrei foi esta foto escura em que ela divide espaço com parte da ceia... (ainda estava montando a mesa)

Olha, já pensei várias vezes sobre a adoção de culturas e ritos estrangeiros... 
Sou defensora da valorização de culturas locais e regionais e amo muitos ritos de nosso rico folclore. Sei que o clima daqui não combina com pinheiros e bonecos de neve, bem como sempre me lembro que Natal é mais que o Papai Noel...

Mas a bem da verdade, radicalismo me incomoda muito mais!!


Acho lindos os enfeites de natal, com seus pinheiros, bolas, papais noéis e neve... prontofalei!

Daí que estes enfeites me remetem às lembranças da infância, às reuniões em família em torno da mesa da ceia para orar e entoar canções de Natal , remete à nostalgia de viajar para outro clima, para um mundo que você só conhece pelos filmes... isso não pode ser ignorado ou condenado.

Gosto e pronto!! 

Pedro, o marido, também gosta. Ufa!!  Senão não me aguentaria nesta época.

Viramos meninos enfeitando cada canto do nosso pequeno apê.
Nossa árvore só não é maior porque nos obrigaria a mudar de moradia... Sempre mudo somente os enfeites, até mesmo por questão de economia, mas sempre a admiramos como se nunca a houvéssemos montado antes. 

Ainda não sei como vai ficar a árvore este ano, mas logo que montá-la posto uma foto decente dela. Promessa.

Ela é sem dúvida a protagonista dos enfeites de Natal... 
e a ceia? bem, é cena para outro capítulo.

Beijos doces carregados de nostalgia



Das mudanças necessárias



"É impossível progredir sem mudança, e aqueles que não mudam suas mentes não podem mudar nada."  
Gorge Bernard Shaw

Acho importante dar uma chance às mudanças... sejam pra si, para o ambiente de trabalho ou relações pessoais.
As mudanças costumam ser temidas. Elas assustam, incomodam, tiram você da sua zona de conforto... mas de quebra te fazem crescer, evoluir. 
Existem mudanças negativas, mas na boa, prefiro procurar o lado construtivo de cada uma delas... e se não encontrar, lutemos então para que haja uma nova mudança. Mudança é movimento.

O mundo muda constantemente e não há espaço para quem não se permite aprender a cada dia.
Quem se julga perfeito, perde a chance de aprender e melhorar-se.

Busquemos a perfeição, mas com humildade conseguiremos perceber que nunca se sabe o suficiente.

Já dizia o um filósofo do século XX, a quem tenho a honra de chamar de pai:

"Quando eu fiz 18 anos, achava que sabia de tudo...
Mas aí fiz 25 e percebi que com 18 eu não sabia nada.
Então aos 25 eu achava que sabia de tudo, mas aos 40, quando olhei para trás, vi que com 25 anos eu não sabia de nada!
Finalmente, agora aos 50, entendi que continuo não sabendo de nada."

Mude!!  
Mudemos primeiros a nós mesmos, as nossas atitudes, e só assim podemos começar a mudar o mundo.

Desejo um 15 de Novembro produtivo e cheio de mudanças para você!

Pedro e eu na manifestação contra a corrupção


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Eu Bibliotecária

Quando era criança e me faziam a pergunta habitual "O que você quer ser quando crescer?" eu não respondia que queria ser bibliotecária... 
(este texto aqui tem uma bela explicação para isso)

Já quis ser professora, psicóloga, modelo, cantora, uma grande executiva (na época isso só significava andar de tailleur carregando uma pasta e ser muito poderosa).
Então no preparatório para o vestibular deparei-me com um velho problema: não conseguia escolher uma única coisa.
Alguns podem taxar de "falta de personalidade" ou "pessoa que não sabe o que quer"... é meio verdade, mas é verdade também que eu sempre quis tudo!! Quero saber de tudo, conhecer tudo, estar em tudo, ler tudo, SER TUDO!

Logo surgiram desejos por cursos como Psicologia, Ginecologia e Obstetrícia, Veterinária, Jornalismo, Publicidade, Matemática, Artes Plásticas ou Cênicas, Arquitetura, Física, Ciência Politica...
Percebeu alguma ligação entre eles? Nem eu, este é o problema. 

Lembro-me que um dia no cursinho um professor me falou de um curso que, talvez como você, eu não sabia que existia, nem para quê servia. Explicou que era para trabalhar com livros e com informação, disse que a área de atuação era ampla, pelo menos nos grandes centros, e também disse que a concorrência era menor, pois as pessoas não conheciam, bem como na hora de concorrer em concursos a competição também era menor. Bingo!
Para alguém que tem dificuldade de concentração, não tinha dinheiro para gastar em cursinhos por muito tempo e adorava ler, pareceu a opção ideal para o momento (sim, porque eu ainda pensava em fazer uma segunda graduação depois de "estabilizada" profissionalmente).

Passei no vestibular e não houve muita comemoração por parte da minha família... eu que passasse em Direito, Medicina, Engenharia ou mesmo Letras, que era muito mais fácil na ocasião, ganharia talvez muito menos que como Bibliotecária, mas tinha NOME.
(percebeu que nenhum desses "nomes" acima eu mencionei antes dentre minhas possibilidades?)

Dane-se os nomes!!
Nenhuma dessas profissões seria bem sucedida sem o apoio informacional. A base da educação e pesquisa é a informação e de nada adiantaria produzir conhecimento se este não fosse organizado de modo a poder ser encontrado quando necessário.

O fato é que escolhi, passei, me formei e nunca fiquei desempregada (mas também não ganho tanto quanto um Engenheiro, ou Médico... escolhas!)
Hoje gosto muito de ser bibliotecária... me visto com  tailleur às vezes, posso dar aulas se quiser (aliás, pretendo um dia) e sei dar valor à minha profissão.
Entrei na faculdade apenas querendo uma graduação para concurso, como a maioria lá, mas me apaixonei pelo que faço e creio que a maioria dos formados pense da mesma forma hoje. 

A profissão é antiga, talvez uma das mais antigas, mas ainda há muito a ser melhorado. A classe profissional precisa se unir, não temos piso salarial digno, não há reconhecimento, sobretudo num país ainda em desenvolvimento... mas principalmente, precisamos evoluir muito no quesito marketing profissional.
Não há como ser reconhecido se a própria classe prefere ficar reclusa e se inferiorizar.

Bibliotecários de todo o Brasil, MOSTREM-SE!!
Seja a mudança que você espera para o mundo.



Ontem no evento de comemoração dos 50 anos da BCE/UnB. Ao meu lado a grande Iza Antunes, ex-presidente da ABDF e Jefferson Higino, atual presidente.


Ps: a ABDF recruta afiliados e também bibliotecários que possam ajudar no trabalho voluntário que a Associação presta.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

O nascimento de uma parede listrada.

Acontece que eu sou de fases e minha fase bege estava aflorada... 
Casou que eu estava sem grana e tinha enjoado das minhas paredes pêssego e daquele quadro laranja pintado na parede frontal da sala (quando eu comprei já era assim)
E mais, queria passar o ano novo de casa nova.

E agora José?

Pensei em usar textura de uma cor forte em uma das paredes, como era moda na época, mas não cabia no bolso...
Daí que num lampejo de determinação, investi todo o meu dinheiro na melhor lata de tinha branca (lavável, é claro!) e contratei um pintor, porque com grana curta, não dá para ficar arriscando ne...
Lá pelas tantas achei que a casa toda branca ia ficar triste e com cara de hospital ou escritório. Por sinal, detesto casa com cara de escritório.

Corri na loja de tintas, comprei duas bisnagas, uma roxa e outra marron. 
"Quero uma parede listrada!" falei ao pintor
ele riu, não sei porque... mas disse "Oque a senhora quiser".
E lá fomos nós medir as listras de cerca de 30 cm e separá-las com fita crepe... eu e o pintor, o pintor e eu... e ele ainda ria. 
Falei "Quero listras marrons em dois tons", para dar vazão à minha fase bege... ele, rindo, pôs mãos à obra para achar os tons que eu queria.

O resultado foi mara, e no final o pintor trocou o riso desconfiado, quase de deboche, por um sorriso largo de orelha a orelha... disse que ia levar a idéia a outros clientes.

Reparem nas cadeiras e tapete também marrons
Eu com cara de cansada, mas feliz!
Achei charmosa minha parede listrada e recebi vários elogios por ela.
Ha três anos, a parede principal da minha sala, que vai desde a porta da entrada do apartamento é assim. Quando canso, troco os móveis de lugar ou a cor da cortina e pronto!


Visão a partir da porta de entrada 
O que dá para tirar disso:

- Saia do lugar comum! Se eu tivesse feito textura em uma única parede em alguma cor forte "da moda" provavelmente já teria enjoado e não teria o toque singular que minhas listras têm;
- listras alongam o ambiente e, se forem largas, não cansam a visão;
- Vale a pena investir em uma tinta de boa qualidade. Ela tem bom rendimento (com uma lata pintamos as paredes, as portas de madeira internas e o teto) e pode ser lavada o que garante cara de nova por muito mais tempo.
- Se você é de fases como eu, tons neutros nas paredes permitem variar nos pequenos detalhes da decoração e dar uma colorida quando quiser... Assim, você aproveita a mesma pintura em várias das suas fases. 


A bisnaga roxa usei toda para uma única parede do quarto, que ficou lilás. Taquei um adesivo de parede num canto estratégico e fui muito feliz! ;)

Até que minha coleção de revistas de decoração servem pra alguma coisa, afinal. Na net também tem muita coisa legal, pesquisa aí e se joga!

Aproveite as dicas e boa terça!


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Cozinhar ou comer, Eis a questão

 O dia em que experimentei fazer arroz piamontese...



Ficou bem bom, é um prato único, prático e gostoso. Perfeito para uma segunda-feira preguiçosa...

Cozinhar é uma paixão que anda meio adormecida... ainda não descobri se gosto de verdade de cozinhar ou se gosto mesmo é de COMER!! he he he

Lembro que no meu primeiro ano de casada e de "rainha do lar" adorava experimentar receitas novas e encher a casa de mimos.
Guardei esta vontade em alguma gaveta bem escondida... mas de vez em quando ainda apronto das minhas. Vocês vão ver! ;)

Uma linda semana de feriadão a todos!




sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Pequeno ensaio sobre os valores...

Vira e mexe me vejo matutando a cerca do comportamento humano. E minha última leitura reacendeu várias questões que talvez valha a pena sempre lembrar...

Qual o valor de alguém? Quais os valores corretos que alguém deve possuir, ou pelo menos, quais aqueles pelos quais realmente vale a pena lutar?

Postei uma reflexão assim há uns quatro anos no perfil de uma rede social.
Na época fiz uma crítica que levo para minha vida: a cruel e burra inversão de valores do mundo atual.

Ainda vejo a expressão de preocupação de un grande amigo meu (ele sabe quem é) quando me disse que admirava minha coragem, pois esta crítica que fiz me colocava num papel que depois me seria cobrado e eu teria que sustentar...

Pois bem, sinceramente não sei se sustentei tudo que disse. Mais sinceramente ainda, acho que hoje sou uma pessoa pior que naquela época ou qualquer outra anterior a ela... o que nos leva a mudar tanto? O que de fato permanece e nos identifica como indivíduos únicos, se somos assim tão mutáveis?

Acredito que a resposta para isso seja justamente os valores, que são o que efetivamente forma o nosso caráter.

Posso não ser a pessoa doce, quase pueril, que um dia penso que fui... posso não ser a pessoa forte e inatingível que um dia já pensarem que eu era... mas continuo sustentando os valores que aprendi, ou apreendi, ao longo da vida. 

Meu pai costumava sempre dizer "Minha filha, ser bom é uma escolha. Não a escolha mais fácil, mas a única escolha correta!". Ahhhh pai, o senhor tinha toda razão... não é nada fácil lutar contra uma natureza ruim, e uma sociedade pior ainda que cada vez mais esquece o que realmente vale a pena.

O que você faria para se sentir bem? para obter prazer? 
Vale ferir o outro? Vale ver no rosto de seus pais a decepção que você causou? Vale diminuir alguém para que, pelo menos por dois segundos, você se sinta maior que esse lixo que na maior parte do tempo você é?

Será que vale a pena continuar tentando ser alguém melhor?

Acho que nós todos estamos muito distantes da perfeição... mas também acho que aquele que tenta atingí-la tem muito mais chances de se aproximar dela do que aquele que nunca tenta.

Apenas acho....

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O Caçador de Pipas

Para quem não sabe, sou chorona para caramba. (alguém não sabe?)

O fato é que choro com comédia romântica, novela, desenho, programa do ratinho... se ouço uma canção muito bonita, logo vem aquele arrepio e claro, olhos molhados.

Pois bem, acabei de enxugar algumas lágrimas com o livro "O caçador de pipas", que nem é novo, muito menos é a primeira vez que eu leio, mas que me emociona bastante. Quase a mesma sensação que tive terminar de ler "A menina que roubava livros" no início do ano, mas desse eu falo depois...



A história se passa a maior parte no Afeganistão, mas embora a maioria dos trechos mais chocantes estejam no final, num Afeganistão já devastado e tomado pelo Talibã, o que mais me chamou atenção foram as partes iniciais em que mostra a cultura daquele povo como quase ninguém houve falar. 
No pré-golpe comunista e pré-talibã, aquele era um país relativamente próspero, apesar da divisão em castas de diferentes etnias... conhecer um pouco mais disto me fez viajar um pouco, enquanto os conflitos do personagem principal me fazia refletir sobre o valor da amizade e o peso de nossas escolhas.

Talvez a principal reflexão do livro seja: que tipo de pessoa você quer ser?

São por duas coisas que acho que os livros sempre serão melhores que a versão em filme... primeiro, o livro te permite se posicionar no lugar dos personagens e com isso você realmente viaja e SENTE a paisagem, como se estivesse lá. Não achei ainda um filme que fizesse isso, mesmo com seus infinitos recursos visuais.
Segundo, no livro o autor descreve com detalhes os conflitos mentais e sentimentais dos personagens... assim você os entende melhor. Como captar isso fielmente penas com imagens?

Gosto muito de filmes também, mas na boa, se tem a história em livro, LEIA! Conselho de bibliotecária ;)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Natal, mas já?!

Sempre adorei o clima de final de ano, com toda a sua correria e sua idéia de renovação..
Mas fico cada vez mais assustada com a velocidade com que o Natal chega...

Me espanta as lojas enfeitadas já em outubro, pois, embora saiba que é apenas para acelerar o consumismo, sinto que o ano acabou mais cedo.

Ainda assim, adoro o Natal, gosto de enfeitar a casa, receber amigos no aconchego de um lar enfeitado, planejar a ceia...

Só acho que vou retardar um pouco o "enfeitamento" da minha casa, para pelo menos aqui ter a ilusão de que o ano ainda não terminou.

Já aproveitando, vou  falar de outra paixão: o artesanato.

Acho maravilhosa a idéia de ter uma peça única, de preferência feita por minhas próprias mãos e com todo o carinho depositado naquela peça, por mais singela que seja.

Fiz estes enfeites para o natal de 2010 (aham, a data das fotos está errada, relevem). 
Tah que eles dividem espaço com enfeites populare$, mas dão um toque todo especial, vai.







Confesso que ando com a criatividade (ou seria motivação?) baixa e a produção também anda baixinha, baixinha... 
Mas quem sabe não animo e trago mais artesanatos deste ano para mostar para vocês?

Bibliobeijos, da cor do Natal

Biblio o quê??

Sabe o titulo do blogue? Pois é, ele não é original...

O termo bibliolady já é muito utilizado no exterior, porém, fala muito pra mim desde que um grupo de bibliotecárias amigas e lindas resolveu adotá-lo para referirem-se umas às outras...


Para mim tem um significado amplo... me lembra mulher bibliotecária, bibliotecária e lady (fina e educada), bibliotecária sexy... me lembra minha turma de bibliotecárias da faculdade, todas lindas, inteligentes, educadas, autênticas e bem resolvidas.


Em geral não gosto de termos extrangeiros ou extrangeirismos exacerbados, mas este acho bem bonitinho... 


BiblioLady significa para mim a quebra do estereótipo "véia-chata-óculos-coque-pssssiiiiu-gorda-recalcada e sem graça".


Nada contra vários destes ítens, mas todos eles juntos é de doer, concordam?


Abaixo os estereótipos, porque bibliotecárias também podem ser sexy!


Beijo especial às bibliolindas.


Inté!

Boas vindas: o prazer é todo meu!

Num belo dia chuvoso e gostoso em Brasília, inspirada pelo blogue de uma amiga e lembrando de todos os outros blogues que fizeram a diferença em minha vida, resolvo finalmente iniciar minhas postagens e estou muito feliz por isso...

Quero dar as boas vindas a este blogue e àqueles que virão a acompanhá-lo ou me fazer uma visita. Venham sempre que quiserem!


Espero que este cantinho seja bastante proveitoso para compartilharmos idéias, novidades ou mesmo pequenos acontecimentos interessantes.


Sou apaixona por tudo um pouco, sobretudo pela vida e tudo que ela nos proporciona.


Uma boa tarde de quarta!